Prefácio
desde 1977 venho ministrando os sacramentos como sacerdote católico romano em Boston, San Antonio e Austin junto à comunidade gay e lésbica, principalmente através do grupo Dignidade, que oferece apoio para lésbicas, gays e bissexuais católicos e seus amigos.
Desta maneira, passei a conhecer a comunidade gay provavelmente tão bem quanto qualquer de seus membros e pude ver de perto horrores demais:
* De 30% a 40% dos jovens que vivem nas ruas são adolescentes que foram expulsos ou abandonaram seus lares porque eram homossexuais.
* 30% dos suicídios entre adolescentes são cometidos por jovens homossexuais. Proporcionalmente, este número é pelo menos de duas a três vezes maior do que o registrado entre os demais adolescentes.
* Há pessoas que perdem seus empregos porque seus superiores não gostam de "entendidos".
* Há pais que perdem a custódia de seus filhos ou os direitos de visitação só porque são gays ou lésbicas.
* Homens e mulheres são despejados de seus apartamentos ou têm suas casas incendiadas apenas porque alguém disse que eram gays.
* Gays e lésbicas são rotineiramente espancados e assassinados pelo simples fato de serem homossexuais.
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* Funcionários públicos fazem comentários abusivos sobre a minoria homossexual e permanecem impunes com facilidade.
* Um juiz profere uma sentença flagrantemente preconceituosa contra os assassinos de um gay e é reeleito com tranqüilidade.
* Um gay morre de AIDS em sua casa, isolado de qualquer contato externo e sem nenhum cuidado médico, porque sua família não quer que ninguém saiba.
* Um enorme potencial humano é suprimido e desperdiçado porque as pessoas passam anos a fio odiando a si próprias, tendo sido ensinadas a ter medo de seus próprios sentimentos.
E há mais, muito mais, tanto que a maioria das pessoas nunca saberá a extensão do preconceito. A grande mídia é seletiva com as notícias que veicula. O preconceito e a ojeriza absoluta com relação aos homossexuais são tolerados em nossa sociedade. Travei contato com tudo isso ao longo dos anos.
Tendo vivido desde 1981 no Cinturão Bíblico, a região mais religiosa da nação, percebi outro triste fato: as religiões cristãs contribuem de modo preponderantemente para que estes horrores aconteçam. Basta citar a Bíblia para que, repentinamente, qualquer discussão seja encerrada. A Bíblia supostamente condena a homossexualidade, e algumas pessoas interpretam isso como que a Bíblia justifique o ódio e a crueldade contra gays e lésbicas.
Claro, o fanatismo tem sua força e afirma ter Deus a seu lado - contra os judeus, os muçulmanos, negros, mulheres e gays. Sempre foi assim.
Mas há vozes mais racionais que vêm surgindo dentro da própria religião. Pesquisas recentes sobre a Bíblia mostram que, no mínimo, os atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo que são objeto das preocupações bíblicas estão longe daquilo que consideramos "homossexualidade" atualmente. A Bíblia trata deste tema de um modo bastante diverso, e em um mundo totalmente diferente do nosso. Além disso, essa pesquisa mostra que, basicamente, a Bíblia é indiferente à homossexualidade enquanto tal.
Título Original: What the Bible really says about homosexuality
Bibliografia: ISBN 85-86755-07-9
Tradução: Eduardo Teixeira Nunes
Projeto gráfico e capa: Brasil Verde
Editoração eletrônica: Acqua Estúdio Gráfico
Editora responsável: Laura Bacellar
Edições GLS
edgls.com.br
Vendas: 11 3873 8638
Livro de Daniel A. Helminiak: "O que a Bíblia realmente diz sobre a homossexualidade".
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