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Friday, June 19, 2009

Cidadania



“A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”.
Dalmo Dallari,1998.
(DALLARI, Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p.14)

Diante disto, acredito que seja expressão da necessidade dos marginalizados, a reivindicação por tais direitos. Querem ser cidadãos de direito e não apenas de deveres.A condição de marginal, de excluídos, de inferiorizado, de destratado no grupo social coloca este individuo- ou grupo de indivíduos- na posição de luta pela igualdade legal.
Neste sentido grupos que se sente alijados de certos direitos, que nem a lei nem a moral os contemplam,tem a oportunidade, esta sim ,garantida por lei, de reivindicar a condição de igualdade.
Todos os anos um grupo de indivíduos cuja característica comum é ser discriminado por pertencer a comunidade LGBTs, se organiza e vai as ruas reivindicar cidadania.Tanto a reivindicação quando a organização do movimento são diretos garantidos por lei.
Mas fora da lei foram aqueles que tentaram ferir esses nossos direitos( um dos poucos que nos resta), fora da lei foram aqueles que assassinaram um jovem que estava na Parada gay de são paulo de 2009. Participando ou não...pouco importa. Ele foi morto. O mesmo ódio que matou o rapaz, talvez um ódio não direcionado especificamente a ele, mas ao grupo que estava lá reivindicando cidadania, também jogou uma bomba ferindo mais 40 pessoas.
Agora porque fazer isso? Quem fez isso, já tem todos os direitos que não temos. Não estamos roubando direito de ninguém. Queremos apenas os mesmíssimos direitos que eles.Mas ao contrário deles, não vamos jogar bomba em ninguém quando isso acontecer.

Vocês não querem direitos, querem regalias. Nós queremos cidadania.

Friday, April 24, 2009

Ménage à trois: devo topar?

A vida moderna vem derrubando muitos tabus e evoluindo em vários aspectos da sexualidade. Muitas fantasias sexuais estão desocupando o lugar do obscuro, do proibido e enriquecendo momentos sexuais com frases picantes, narrativas ao pé-do-ouvido e, inclusive, com propostas e convites: que tal um ménage à trois?

(...) Muitos casais vêm estreitando o relacionamento através da cumplicidade e com liberdade para expressar os próprios desejos. Sem dúvida, abrir um pouco o leque de variedades e novas formas de prazer contribui, e muito, para renovar os ares do casal e sair da tediosa rotina.

Enquanto a fantasia aparece no discurso ou nas narrativas picantes que aquecem momentos a dois, o desejo começa a alçar voo em direção à realidade e tem gente que treme nas bases ao cogitar a possibilidade do sexo a três. Nada melhor do que amadurecer a ideia para chegar à resposta. Antes de qualquer tomada de decisão, o casal deve nutrir um diálogo franco e aberto: compartilhar ideias, desejos, medos e inseguranças. Traçar os limites de cada um e estabelecer pactos de confiança: “isso eu gosto e quero; aquilo não gosto e não quero”.


Visualizar a cena, mentalmente, também ajuda a descobrir o que cada um espera vivenciar e o que poderia desagradar. As condições do ménage devem estar bem estabelecidas e devem ser respeitadas para que não haja uma quebra na confiança ou qualquer tipo de “ressaca” ou ruptura. E, antes de partir para a ação, o casal deve estar seguro se deseja e tem capacidade de viver tal experiência com a maturidade necessária. Afinal, o que se deseja é viver situações novas que somem prazer aos dois e que fortaleçam a relação. E: “Ser liberal, em minha opinião, é saber somar prazer e querer.” – resume a personagem Ana no livro Sexo sem Amarras.

Se o casal optar pelo “Sim! queremos experimentar!” chegou a hora de refletir e dialogar sobre a escolha da terceira pessoa. Sabemos que é grande o número de adeptos à prática do sexo a três, porém, é difícil encontrar alguém disponível que se enquadre no perfil do casal. Como primeiro experimento, não é aconselhável a escolha de uma pessoa próxima – física ou afetivamente. Isso pode gerar dúvidas ou inseguranças; a não ser que o casal seja amadurecido, e já viva uma relação bem distante da convencional.

Encontrar uma terceira pessoa é difícil até mesmo para aqueles que frequentam casas de swing, boates e sites de relacionamento. É preciso cuidado, pois existem perfis falsos na internet e profissionais do sexo infiltrados em boates de casais como “esposas” ou “maridos” – o que exige um certo trabalho e sagacidade na hora de fazer contatos. No entanto, há também pessoas sinceras e casais verdadeiros com o mesmo desejo de viver variedades na busca pelo prazer. O importante é ter paciência para não se precipitar com a pessoa indevida. Enquanto isso vale a pena ir alimentando a fantasia a dois e fazer da procura uma brincadeira criativa e excitante.

Há quem opte por um profissional do sexo depois de avaliar os prós e os contras. Quanto a isso, a decisão é de cada um ou de cada casal. O fato de ser um profissional caracteriza a neutralidade – sem proximidade e afetividade – e garante o sigilo – exigido pela maioria dos casais. Somado a isso é mais rápido e fácil encontrar parceiros.

Por outro lado, existe o risco de contrair doenças. Sobre isso, devo lembrar, é um problema que acontece com qualquer pessoa – profissional ou não. Sem camisinha ou outras precauções a aventura torna-se insanidade. Atenção: muitas pessoas esquecem, por exemplo, que seus dedos/unhas podem ser transmissores de doenças. Eles passeiam, ingenuamente, aqui e ali... em uma, na outra... sem preocupação. Porém, alguns cuidados com a própria saúde são necessários para garantir dias e noites de boas lembranças.

Quando o terceiro é escolhido e o casal está seguro e em sintonia, a noite promete ser boa e longa! Três pessoas numa cama significam três corpos prontos a explorar e serem explorados; três universos de fantasias e desejos sexuais; três pessoas querendo saciar a sede de novidades. Daí para frente, basta relaxar e se entregar. “Sensações duplicadas, prazer ao cubo!” – nos revela Ana.

A personagem ainda acrescenta: “O sexo é uma oportunidade mágica que todos nós temos. É uma entrega de corpos, uma troca de prazeres. Precisamos descobrir nossa potência e usá-la. Nada tem de mau, errado, sujo ou pecaminoso. A nossa cultura tenta nos impor isso, mas o assunto é muito mais simples e sublime. Trata-se de desejar, querer e permitir! Se atingimos essa compreensão, o sexo flui, autêntico e espontâneo.”

Independente da decisão, o casal deve estar atento aos pactos de confiança. Com isso, basta se entregar e se divertir!

fonte: http://dykerama.uol.com.br/src/?mI=1&cID=37&iID=2394&nome=M%E9nage_%E0_trois:_devo_topar?

Saturday, April 11, 2009

Homens que são mulheres


Da coluna quinzenal da Folha de S. Paulo, do médico Drauzio Varella, publicada hoje:

"DE TODAS as discriminações sociais, a mais pérfida é a dirigida contra os travestis.
Se fosse possível juntar os preconceitos manifestados contra negros, índios, pobres, homossexuais, garotas de programa, mendigos, gordos, anões, judeus, muçulmanos, orientais e outras minorias que a imaginação mais tacanha fosse capaz de repudiar, a somatória não resvalaria os pés do desprezo virulento que a sociedade manifesta pelos travestis.
Quem são esses jovens travestidos de mulheres fatais, que expõem o corpo com ousadia nas esquinas da noite e na beira das estradas?
Apesar da diversidade que os distingue, todos têm em comum a origem: são filhos das camadas mais pobres da população.
A homossexualidade é tão velha quanto a humanidade, sempre existiu uma minoria de homens e mulheres homossexuais em qualquer classe social; caracteristicamente, no entanto, travestis só aparecem nas famílias humildes.
Na infância, foram meninos com jeito afeminado que, se tivessem nascido entre gente culta e com posses, poderiam ser profissionais liberais, artistas plásticos, empresários, costureiros, atores de sucesso. Mas, como tiveram o infortúnio de vir ao mundo no meio da pobreza e da ignorância, experimentaram toda a sorte de abusos: foram xingados nas ruas, ridicularizados na escola, violentados pelos mais velhos, ouviram cochichos e zombarias por onde passaram, apanharam de pais e irmãos envergonhados.
Em ambiente tão hostil poucos conseguem concluir os estudos elementares. Na adolescência, com a autoestima rebaixada, despreparados intelectualmente, saem atrás de trabalho. Quem dá emprego para homossexual pobre?
Se para os mais ricos com diploma universitário não é fácil, imagine para eles. O máximo que conseguem é lugar de cozinheiro em botequim, varredor de salão de beleza na periferia ou atividade semelhante sem carteira assinada.

Vivendo nessa condição, o menino aprende com os parceiros de sina que bastará hormônio feminino, maquiagem para esconder a barba, uma saia mínima com bustiê, sapato alto e um bom ponto na avenida para ganhar numa noite mais do que o salário do mês.
Uma vez na rua, todo travesti é considerado marginal perigoso, sem nenhuma chance de provar o contrário. Pode ser preso a qualquer momento, agredido ou assassinado por algum psicopata, que nenhum transeunte moverá um dedo em sua defesa. "Alguma ele deve ter feito para merecer", pensam todos.
Levado para a delegacia irá parar numa cadeia masculina. Como conseguem sobreviver de sainha e bustiê em celas com 20 ou 30 homens, numa situação em que o mais empedernido machão corre perigo, é para mim um dos mistérios da vida no cárcere, talvez o maior deles.
A condição de saúde dos travestis é precária. Não existe um serviço de saúde com endocrinologistas para orientá-los a respeito dos hormônios femininos que tomam por conta própria.
Muitos injetam silicone na face, nas nádegas, nas coxas, mas sem dinheiro para adquirir o de uso médico, fazem-no com silicone industrial comprado em casa de materiais de construção, injetado por pessoas despreparadas, sem qualquer cuidado de higiene. Com o tempo, esse silicone impróprio escorre entre as fibras musculares dando origem a inflamações dolorosas, desfigurantes, difíceis de debelar.
Ainda os portadores do vírus da Aids encontram algum apoio e assistência médica nos centros especializados, locais em que os funcionários estão mais preparados para aceitar a diversidade sexual. Nos hospitais gerais, entretanto, poucos conseguem passar da portaria, barrados pelo preconceito generalizado, praga que não poupa médicos, enfermeiras e pessoal administrativo.

Os hospitais públicos deveriam ser obrigados a criar pelo menos um posto de atendimento especializado nos problemas médicos mais comuns entre os travestis. Um local em que pudessem ser acolhidos com respeito, para receber orientações sobre uso e complicações de hormônios femininos e silicone industrial, prevenção e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis e práticas de sexo seguro.
A saúde pública não pode continuar dando as costas para essa minoria de homens, só porque eles decidiram adotar a identidade feminina, direito de qualquer um. Quem somos nós para condená-los?
Que autoritarismo preconceituoso é esse que lhes nega acesso à assistência médica, direito mínimo garantido pela Constituição até para o criminoso mais sanguinário?"

___X___

Comentário meu: Tirando algumas ressalvas como 'o' travesti... é 'a' travesti.

O artigo é sobre especificamente travestis de rua que se prostituem.
E que travesti não é necessariamente homossexual...O artigo é show é aponta pra um grave problema que é, além da discriminação sofrida pelas travestis, a péssima situação de trabalho, sim prostituição é trabalho, e de saúde em que se encontram.

Acho interessante como as pessoas deixam de ser "humanas" quando se trata de julgar ao próximo e não lhe estendem a mão quando precisam, mesmo que essa seja sua profissão, a de salvar vidas.

Monday, February 16, 2009

E se eles querem meu sangue, terão o meu sangue?

A noticia é velha, o tema não é novidade, os conceitos não mudam e o preconceito continua se afirmando em situações como essa:

Em nota técnica na enviada na última sexta-feira, (19/09) o Ministério da Saúde confirmou que gays e homens que fazem sexo com outros homens (HSH) não podem ser doares de sangue. Segundo os representantes do Ministério, os grupos "mantêm conduta de risco de infecção de doenças como Hepatite B, C e AIDS".

A nota intitulada "Situação de risco acrescido para doação de sangue" é baseada em algumas pesquisas recentes e outras nem tanto, relacionadas à Aids. De acordo com os dados, no Brasil a Epidemia de Aids é menor que 1% na população em geral, e maior que 5% em gays e HSH.

Além disso, estudos nos EUA e na Inglaterra também apontam diferenças significantes no número de casos de Aids entre gays e entre heterossexuais. O mesmo é dito sobre a hepatite C, em uma pesquisa de 1991, "HSH pode ser considerado de risco acrescido para infecção pelo vírus da hepatite C (VHC), apesar da via sexual não ser uma via efetiva de transmissão do vírus".
Ministério da Saúde chega a conclusão de que estão inaptos para doação de sangue: homens e ou mulheres que tenham feito sexo em troca de dinheiro ou de drogas, e os parceiros sexuais destas pessoas; pessoas que tenham feito sexo com um ou mais parceiros ocasionais ou desconhecidos, sem uso do preservativo; pessoas que foram vitimas de estupro; homens que tiveram relações sexuais com outros homens e ou as parceiras sexuais destes; homens ou mulheres que tenham tido relação sexual com pessoa com exame reagente para anti-HIV, portador de hepatite B; pessoas que estiveram detidas por mais de 24h; pessoas que tenham colocado piercing ou feito tatuagem em lugares que não apresentavam condições de segurança; pessoas que tenham apresentado exposição a sangue ou outro material de risco biológico; pessoas que sejam parceiros sexuais de hemodialisados e de pacientes com historia de transfusão sanguínea; pessoas que tiveram acidente com material biológico.

Antes de encerrar o comunicado, a entidade pede desculpas pela restrição de doadores. "O objetivo não é a exclusão do grupo de gays e HSH desta generosa prática; nem tampouco apoiar atitudes de constrangimentos e de discriminação desta natureza nos serviços de hemoterapia".

http://www.acapa.com.br/site/noticia.asp?codigo=5765&titulo=Minist%E9rio+da+Sa%FAde+confirma+que+gays+n%E3o+podem+doar+sangue

Eu resolvi postar isso, pq simplesmente fico indignada.Sou moderadora de uma das maiores comunidade do orkut contra a homofobia, dentre os membros mais ativos, que assumidamente são gays, a maior parte é DOADOR UNIVERSAL. É isso mesmo, sangue raro que faz bastante falta nos bancos de sangue.A época do ano é propicia,cheia de campanhas incentivando a população ir ao banco de sangue e doar.E homossexuais não podem doar sangue, por que sao....homossexuais!Deixo aqui registrada a minha indignação e um relato pessoal.

Eu ja fui umas 7 vezes no banco de sangue na minha vida. Voce passar por alguns procedimentos, dentre eles responde um formulário e uma das questoes é Qual sua orientação sexual? Qualquer orientação que nao seja heterossexual te qualifica como um não doador. Por que você pertence ao GRUPO DE RISCO.

Grupo de risco-Em linguagem médica, um grupo de risco corresponde a uma população sujeita a determinados factores ou com determinadas características, que a tornam mais propensa a ter ou adquirir determinada doença.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_de_risco

Ou seja, gays são propensos a adquirir alguma doença. Sejamos claros, Doenças sexualmente transmissíveis.

Inicialmente eu mentia, doei 2 vezes, feliz e contente por fazer minha parte como cidadã. mas parei pra pensar um pouco. Essas criaturas do ministério me consideram "impropria" por que nao sou heterossexual, e pra poder exercer um direito eu tenho que mentir? Das outras vezes, em TODAS, sem exceção não pude doar. na ultima fiz um teste, fui com uma amiga a um posto móvel que foi montado na faculdade onde eu estudava . Fomos de maos dadas, preenchemos os formulários juntas, quando fui responder a maldita pergunta, me dirigi a enfermeira e perguntei: " Se eu marcar aqui heterossexual, eu posso doar?" ela "sim", e eu " e Se eu não mentir, eu nao posso né?" dai ela " eu não preciso saber, eu nao vi nada' e eu " é fazer o que, eu nao vou mentir". enquanto isso minha amiga, marcou heterosseual e doou.

Eu não tenho vergonha de ser bissexual, decidi deixar de esconder isso a muuuuiiito tempo. Sinceramente , não vou mentir pra poder ser solidária. desejo ser tratada como cidadã, cumpro com meus deveres, pago impostos, tomos todos os cuidados pra evitar qualquer tipo de DST, tenho uma relação estável a quase 5 anos ou seja eu não apresento nenhum comportamento de risco:

Os Comportamentos de Risco para a SIDA são procedimentos perigosos para a saúde, que facilitam a penetração dos VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) no organismo. Estes procedimentos são da responsabilidade do indivíduo que decide escolher um comportamento entre os vários possíveis, relacionados com os seus conhecimentos e crenças que, por sua vez, dependem da sua educação e cultura.
http://clubedasaude.no.sapo.pt/riscos.htm

Nos dias de hoje, EU do GRUPO DE RISCO, tenho um COMPORTAMENTO mais seguro do que muito Heterossexual por ai.li dia deses na internet que "Casos de Aids triplicam entre brasileiras com mais de 50 anos".
Casadas ou nao... " 70% das mulheres acima de 50 anos não usam preservativo, camisinha, mesmo em relações eventuais."
É, e sou eu que sou do grupo de risco...
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1000575-5603,00.html

Doar sangue é um decisão pessoal, sem dúvidas. Mas enquanto os bancos de sangue estão cada vez mais vazios e vários homossexuais se dispõe a doar sangue mas não conseguem( se forem honestos), eu acredito que o ministério da saúde tem que no mínimo, rever sua posição.

Eu não minto, me sinto ultrajada de no alto dos meu muito bem resolvidos 24 anos ter que esconder minha sexualidade.Minto por coisas mais banais? De fato, mas antes de tudo é do meu interesse parar de mentir pra revindicar um direito que me é negado. Não é me escondendo e esperando que um ser iluminado faça algo, que isso vai mudar.

Por enquanto meu sangue(b+) ta bem em minhas veias.E aqueles que forem gays ou heterossexuais simpatizantes podem contar com ele. Só abro exceção nesses casos. QUE FIQUE CLARO É UM DECISÃO MINHA. Não condeno quem é gay e quer continuar doando do mesmo jeito, alias compreendo a necessidade.

De resto, não terão o meu sangue.

Wednesday, January 14, 2009

Dica de Leitura: Orlando

Orlando - por Virginia Woolf

Sinopse:
O mais popular livro de Virgínia Woolf, "Orlando" é uma biografia fantástica de um nobre inglês nascido no século XVI que se transforma em mulher e atravessa o tempo até chegar aos anos 20 do século XX. Orlando está constantemente em busca do amor e da arte. Através das aventuras e desventuras do personagem, Virgínia Woolf apresenta um panorama das transformações sofridas pela Inglaterra e traça divertidas comparações entre homens e mulheres, que acima de tudo servem para desenhar Orlando como um ser humano, independente do sexo.

Bom, to apaixonada. Comecei a ler e está uma delícia.É o segundo livro que leio de Virginia(o outro foi Mrs Dalloway) e esse é simplesmente lindo.Logo foi buscar mais informações dos bastidores da trama.
Pra começar existe um filme sobre o livro, alias a belíssima e singular atris Tilda Swinton(logo abaixo) interpreta Orlando, a personagem título do livro e filme.Não vi o filme* mas achei um link pra baixar e dei uma olhada no trailer disponível no youtube.**


Depois eu quis entender um pouco mais sobre a obra em si.Como é sabido, Virginia nutriu um amor por uma guria, uma coisa meio doentia.Há quem diga que Orlando é uma homenagem a esse amor,por isso a autora construiu o personagem imortal, belo e perfeito. realmente não há quem não se apaixone por Orlando.
Há quem diga que Orlando é apenas uma crítica aos costumes sociais que definem o ser homem e o ser mulher e por isso é um romance bastante feminista pra época.O tempo inteiro, no atravessar dos anos, a autora critica posturas machistas e também as ironiza.
Outro aspecto fascinante no livro ( possivelmente no filme) é a viagem pelos eventos históricos europeus.

Eu, acho que fundamentalmente,e Orlando faz parte da visão da autora acerca do mundo e até mesmo sobre o romance que possivelmente nutriu pela tal guria. Por isso as críticas sobre as regras sociais que definem o "ser' homem e o "ser ' mulher.Há momentos em que Orlando é um ser tão ideal que fica impossivel saber se ele é ou não humano,por que é tão perfeito que nao pode ser humano.Talvez orlando seja apenas um desejo da autora, de que o ser , homem ou mulher, fosse Orlando, e é isso que o torna humano.

O que dizer, Orlando não é ele, nem ela. Orlando é humano (ou um desejo materializado para Toda a sociedade). E por isso, sendo uma "homenagem ao amor" ou "uma crítica social", é fácil se apaixonar por Orlando, independente do sexo que o/a abriga.


** http://br.youtube.com/watch?v=jFMmMh288pE

* http://7ma-arte.blogspot.com/2008/12/orlando-mulher-imortal.html

Orlando

Orlando - por virginia Wool

Monday, January 5, 2009

Meu filho me pediu uma boneca

Um texto tão bom como esse, dispensa comentários:
Há uns dois meses meu filho de sete anos me pediu uma boneca. Dividida entre a intelectualidade dos estudos acadêmicos e os valores que a nossa “reaça” sociedade demonstra nas questões de gênero, dei a boneca," bancando" um barulho enorme por parte da família, colegas de trabalho, ex-marido e afins. Sem contar com a censura silenciosa de alguns, revelada por olhares ou gestos. É claro que recebi apoio e solidariedade. Mas o oposto foi muito mais pesado. Confesso que compreendo. Por parte de alguns mais, por parte de outros, menos. Mas respeito.

O meu desconforto foi muito mais em relação a mim mesma do que às posturas percebidas, públicas ou anônimas, verdadeiras ou educadas. Foi duro encarar minha insegurança em assumir DE FATO uma posição em relação às minorias sociais. Foi esta imagem, refletida no espelho das relações familiares que meu filho e sua boneca me obrigaram a olhar. Tive que sustentar uma postura prática que há muito considerava como minha. Em teoria. Só descobri isto quando foi com um filho meu.

Aqui faço um parêntese: enquanto eu me torcia e retorcia constrangida, fazendo como o anão de jardim "cara de paisagem”, meu filho não estava nem aí para os olhares e comentários sobre meninos e bonecas e exibia orgulhoso a sua gorducha bailarina, penteando os seus cabelos, trocando as suas roupas, mudando o seu penteado, entre extasiado e maravilhado com as possibilidades daquele "ser" de 20 e poucos centímetros e puro látex, para onde ia: no meu trabalho, no Mestrado, pelas ruas, na casa do avô, do pai...lugares públicos ou privados para este menino não dizam nada! A cada um que afirmava que boneca não era coisa de "macho", ele perguntava candidamente: por quê?

A boneca para o meu filho foi um Lego às avessas: montava, desmontava, descobria as calcinhas (olha mamãe a calcinha dela!) maquiava, lavava, alimentava... Confesso: quando ninguém estava olhando, brincava junto com ele e me divertia à beça, me sentindo criança de novo, relembrando o prazer de simplesmente brincar!

Enquanto isso, na vida real as opiniões se dividiam entre as seguintes opções:

OPÇÃO A: Não é nada demais, é só uma fase, (os conservadores, mal disfarçando o seu mal-estar psicologizando a "coisa")

OPÇÃO B: Ele está descobrindo a sexualidade, (os moderados)

OPÇÃO C: Ele esta aprendendo a cuidar dos filhos. Por que, homem não pode cuidar dos filhos, não é? (os progressistas-liberais de extrema esquerda intelectuais, dentre eles, minha querida "profdoc" Cristina Novikoff, um bálsamo na minha vida)

OPÇÃO D: Ele está querendo chamar a atenção em protesto por tudo que passou nestes últimos tempos (os contemporizadores sociologizando a mesma "coisa")

OPÇÃO E: Este menino vai é ser "viado" mesmo! (muitos, em off, é claro!)

OPÇÃO F: Nenhuma das anteriores (mas esta opção não é aceita na pedagogização da "coisa")

E eu ali, realizando uma pesquisa disfarçada sobre o assunto, coletando os dados, tratando-os e analisando os resultados!

Mentalmente, catalogava as opiniões. Torturava-me a possibilidade entre assumir uma atitude "firme" com meu filho para não ser julgada e execrada, ou seja, aceita pelos meus pares, ou ainda pior, sucumbir num mar de disfarces, meias-mentiras, mentiras inteiras, hipocrisias...

Optei pela lealdade aos meus princípios. É neles que está o amor incondicional ao
ser humano e o respeito às diferenças, que só se consolidam se você tiver um compromisso real com a verdade. A sua verdade. Possibilitando àquilo que é estranho, ser familiar. Esta postura é uma daquelas onde a gente bota a cara, sabe, e leva muita, mas muita porrada (não é Aninha?).

Meu filho é um ser humano. Pode ser diferente ou não no sentido convencional das opções sexuais. Mas isto não é importante. É apenas uma categoria de análise. Logo, não posso abrir mão dos meus princípios, pois eles constituem a minha identidade. Mantenho-me fiel a eles.

Bem seja o que for que representa a boneca para o meu filho, o fato é que ele está feliz da vida com o seu brinquedo novo e está me pedindo outra...

O fundamental, importante e imprescindível é o amor que sinto por este mini-humano e a admiração profunda que sinto ao vê-lo cuidar tão amorosamente do irmão menor, pela sensibilidade em perceber só de olhar meu rosto, o meu estado de ânimo, mesmo se tento disfarçar (e me alertar!), pela preocupação com a o coletivo, demonstrada nas pequenas atitudes cotidianas, como não jogar papel de bala no chão ou recolher as garrafas pets que meu pai insiste em atirar no seu quintal; em demonstrar bom caráter ao não contar mentiras muito punks (aquelas que sacaneiam alguém ferindo seus sentimentos), pela comoção sincera quando vê um desvalido, pela alegria com que admira a beleza de uma florzinha safada no jardim da minha mãe e colhê-la e colocar num copo me oferecendo; ao adorar incensos e gostar livros, não com a devoção que eu gostaria, mas ok, e ao profundo amor que devota à sua Bolinha.
Me emociono ao vê-lo dormir e me assusto com a rapidez com que está tendo que amadurecer, pois a vida não tem sido fácil para ele.
Sendo assim, é muito fácil ser mãe deste ser humano de sete anos que me chama de mamãe. E se ele for gay, lésbica, hetero, bi, drag, transformista ou desejar uma cirurgia de mudança de sexo, tudo bem. Mesmo. O importante é que seja qual for o caminho escolhido, que seja pautado pelos princípios humanitários. Aqueles que fazem a gente ser decente e não nos torna indiferentes às misérias do mundo. E de quebra, que ame o seu próximo, respeitando a dignidade alheia. E que sonhe sempre com um mundo melhor, como antídoto para afastar o cinismo que ronda o cotidiano da perversidade.
Antônio, eu te amo meu filho.
Por tudo. Mas principalmente por me fazer olhar, de forma corajosa para dentro de mim mesma.
Com amor,
Mamãe.

Fonte:http://denisezinha.blogspot.com/2009/01/meu-filho-me-pediu-uma-boneca_03.html

Foto: Campanha " Orientação sexual não é uma escolha" da fundação canadense Emergence.

Tuesday, December 23, 2008

É natal, tempos de paz?

Primeiro eu vou postar a notícia. Porque fiquei Chocada, boquiaberta e juro que eu esperava algo diferente como mensagem de final de ano.



Papa compara proteção às florestas a combate ao homossexualismo

CIDADE DO VATICANO - O Papa Bento XVI comparou nesta segunda-feira a proteção às florestas ao combate ao homossexualismo em sua saudação de fim de ano à Cúria Romana, o órgão administrativo da Santa Sé. Joseph Ratzinger pediu que o mundo escute a linguagem da criação, afirmando que seu desprezo "seria a destruição do homem e, portanto, a destruição da obra de Deus". Segundo o pontífice, a posição da Santa Sé não é contra a discriminação dos gays, mas se opõe à equiparação de casais homossexuais com outros.
- O que muitas vezes é expresso e compreendido pelo termo gênero se resume, na verdade, em última instância, na autoemancipação do homem da criação e do criador. O Homem quer estar sozinho e fazer sozinho e exclusivamente o que lhe diga respeito, mas viver dessa forma é contra a verdade, é contra o espírito do Criador. As florestas tropicais merecem, sim, a nossa proteção, mas não menos digno é o homem como uma criatura, que está escrevendo uma mensagem que não significa contradição com nossa liberdade, mas sua condição - disse o Papa.

Ele afirmou que os comportamentos que vão além das relações heterossexuais são "a destruição do trabalho de Deus". Durante o discurso contra o homossexualismo, Bento XVI defendeu a criação de uma "ecologia humana", dizendo que a Igreja não pode se limitar a transferir a seus fiéis a mensagem da salvação, mas que também tem uma responsabilidade sobre a criação.

- (A Igreja) também deve proteger o homem da destruição de si mesmo. Um tipo de ecologia humana é necessária - afirmou. - Não é o homem que decide, é Deus que decide quem é homem quem é mulher.

A Igreja Católica prega que, embora a homossexualidade não seja um pecado, os atos sexuais são. O Vaticano também se opõe ao casamento gay. Em seu discurso, o Papa aproveitou para voltar a defender a conservação do casamento, recordando que o matrimônio é um sacramento instituído por Cristo.

Fonte:http://extra.globo.com/mundo/materias/2008/12/22/papa-compara-protecao-as-florestas-combate-ao-homossexualismo-587505337.asp

Desculpa, mas o que ele quis dizer é que a Igreja católica e responsável pela "salvação" dos homossexuais, ou seja gay só pode ser celibatário ou transar com sexo oposto. Ele condena o homossexualismo mas não a homossexualidade.*
O que ele propõe é uma verdadeira caçada aos gays. Compara burramente, gênero( feminino e masculino)com orientação sexual.

Novamente me desculpo, mas ninguém vai em convencer de que esse homem antes de tudo é um nazista. Primeiro pelas suas concepções teóricas com a tal "ecologia humana", pensamento partilhado por Hatzel principal teórico do "espaço vital", ou seja uma nção para crescer e expandir precisa de um espaço onde exerça o poder, o controle e explore. Quanto maior essa nação, maior esse espaço. Além disso, Para Ratzel, promover a história significa, em primeiro lugar, acelerar a luta pela vida, a seleção natural, entre as comunidades humanas (ou estados), no sentido darwiniano.

A idéia de ecologia do Papa, ou como eu prefiro chamar Papa "Dona Benta" XVI,é a mesma de Hatzel "preservação do mais forte" e eliminação dos "defeituosos' pro assim dizer. Ele considera que heterossexuais são os que devem ser preservado por que de acordo com a teoria cristã são o "lado' correto e perpetuador da espécie.Ou to enganada?

Segundo, pela bela história de vida do senhor Joseph Ratzinger, que serviu a SS alemã em tempos de guerra. Vamos aos pontos básicos. Naquela época ele havia decidido ser padre, nos sabemos que quem encarava o seminário, seja no Brasil seja em qualquer parte do mundo, tinha que ter grana pra bancar os estudos e o internato.Logo a família dele tinha grana.E ele conta em sua autobiografia* que foi forçado a servir ao partido nazista e sua familia fugiu 4 vezes da perseguição alemã. Me engana que eu gosto. Fofo, se vc é contra um regime ,sua familia é perseguida no seu país e vc se alista para trabalhar nesse regime que voce condena, o que voce faz se voce tem dinheiro, como era o caso dele? PEDE ASILO POLÌTICO EM OUTRO PAÌS!E lá busca lutar contra esse regime. igualzinho Muitos padres fizeram anos mais tarde durante as ditaduras latinas, por exemplo.

Sinceramente, me parece que essa é Nuam verdade que a igreja "toda poderosa' Católica com os seus mais de 16 trilhões de saldo em positivo em conta bancária, se esforça em esconder, forjando essas historinhas pra boi dormir.

Terceiro, nesse discurso eufemizado dele percebe-se claramente que ele promove uma caçada aos homossexuais. Igualzinha a "titia" Hitler.Embora existam indícios de que Hitler fosse na verdade um gay mal resolvido - vejam a semelhança bizarra do Dona Benta agora- que buscava eliminar os homossexuais da face da terra para que apenas heterossexuais existissem---> seleção natural de darwin, ou estou novamente enganada?



Ah mais o Papa não disse que é pra matar ninguém. É não disse. Mas disse que tem que "curar"..Curar o que? Ninguém aqui é doente. Ninguém aqui tem um câncer que precisa ser extirpado!!!! A idéia do papa é eliminar a 'porção' doente do homossexual e transforma-lo em um heterossexual.

Feitas minhas ressalvar com relação a pessoa de Joseph Ratzinger, vamos às asneiras que ele disse.

Ele compara comportamento sexual com gênero e orientação sexual . vamos às diferenças:

Dicionário on line
-gênero segundo o dicionário on line: conjunto de seres com os mesmos caracteres essenciais;
-reunião de espécies que tem um ou mais caracteres comuns;
Comportamento: procedimento;
forma de proceder;
- orientação: ato ou efeito de orientar ou de orientar-se;

Explicando: Como ele deixa claro, Uma pessoa poder se identificar( identidade) como gay mas pode exercer( comportar-se) ou não como gay.
Eu, mulher( gênero), bissexual( orientação sexual) no momento sou apenas lésbica( comportamento) por que me relaciono a 4 anos APENAS com uma mulher.mas não deixei de sentir atração por meninos.

Deu pra entender a diferença?

O que Dona Benta diz é que Eu, mulher, Bissexual, só posso em comportar como heterossexual, pq a igrejinha dele condena a homosexualidade.Isso porque ele entende o seguinte nas palavras dele " - Não é o homem que decide, é Deus que decide quem é homem quem é mulher.", ou seja ele entende que quem se comporta como homossexual, sexualmente falando, é homossexual e quem se comporta como heterossexual é heterossexual.

Fofa, ta enganada nega. Não pensa que é porque vc não deu seu fiofo que vc nao é mona.

Veja bem, eu já sabia que era bissexual antes de em relacionar com mulher. POR QUE SEMPRE SENTI ATRAÇÃO POR MULHERES. Ou seja, meu desejo/atração se direciona(orientação) para ambos os sexos. Não é o comportamento que determina a orientação sexual,embora também a qualifique. Vamos nos informar mais Dona benta?

Quem sabe assim você deixa de fazer como sua velha amiguinha Hitler, que procurava "destruir" nos outros o que odiava em si mesmo?

Deu pra entender, ou quer que eu desenhe?


Finalizando. Final do ano, inúmeras catástrofes aconteceram,fome, miséria, guerras e conflitos no leste Europeu,atentados na India...Na hora de passar uma mensagem de paz e de esperança, essa criatura me abre a boca pra tentar promover uma caçada aos homossexuais?Tenha dó!!!
Que fique bem claro que ele nesse ano fez pelo menos 3 ou 4 discursos condenado a homossexualidade e o homossexualismo.Ou seja, Dona Benta é uma pessoa muitíssimo preocupada com a homossexualidade [dele], até mais do que outros assunto com menor importância do tipo 'promoção da paz, redução da desigualdade e pobreza....

Impressionante o rumo que vejo o mundo tomar....

Gostaria também de informar que o Vaticano se pronunciou contra a "descriminalização" da homossexualidade, junto com países muçulmanos. e ainda não se declarou a respeito e Eu tenho ORGULHO de dizer que o Brasil juntamente com França e mais outros já se manifestaram a favor. Mas esse é outro assunto que estou pra comentar.

O que eu quero dizer com isso é que: Em alguns países ser gay é crime, condenavel inclusive a pena de morte. E o Vaticano é contra a possibilidade da homossexualidade deixar de ser crime no mundo. Ou seja, o vaticano é a favor da perseguição, humilhação e até da morte de homossexuais, apenas pelo fato de serem homossexuais.

Qual o próximo passo, volta da inquisição, Senhor Joseph Ratzinger?


Desculpe-me pelo post gigante, mas fiquei MUITO chocada.

Homossexualismo- prático sexual, conduta homossexuais, ato.
Homossexualidade- identidade homossexual, identificação.

Fonte: Antropogeografia de Hatzel
e http://noticias.terra.com.br/mundo/novopapa/interna/0,,OI517003-EI4832,00.html

Tuesday, December 2, 2008

Armario de Idèias: Filho, eu sou gay

Armario de Idèias: Filho, eu sou gay

*http://armariodificilsaida.blogspot.com/2008/12/filho-eu-sou-gay.html

do comentário do reproter resposavel pela materia do amgazine

Monday, November 17, 2008

Sobre a aprovação da proposta 8

Essa, foi uma notícia que sem dúvida me deixou...sem palavras pra expressar o quão triste e raivosa fiquei.
O pior disso tudo é que a aprovação da proposta 8 na Califórnia- a proposta que institui casamento como algo legítimo apenas entre homem e mulher- foi logo após a vitória de Barak Obama como novo preside e pra mim, representa no mínimo, uma mudança de postura e consciência da sociedade americana com relação à questões sociais, minorias étnicas, raciais, sexuais...O balde de agua fria me caiu no dia seguinte....Não encontrei palavras para descrever o que senti quando vi aquilo..Mas o jornalista Keith Olbermann, fez um dos discursos mais bonitos, mais inteligentes e que resume muito bem o que eu penso.
Simplesmente assistam:

http://br.youtube.com/watch?v=eN_jYWce3ug

Friday, November 7, 2008

Verdades que doem


Olha, sou meio avessa a fofocas de sub celebridades, mas tava passando a paginas de um site de noticias e li uma reportagem sobre o caso Dado Dolabella e Luana Piovani. Não simpatizo com nenhum dos dois, na verdade o pouco que conheço não gosto.Mas pouco vem ao caso. A reportagem dizia que o rapaz poderia ser enquadrado na Lei Maria da Penha* pro ter agredido a camareira de Luana. O que em chamou a atenção nao foi o fato de serem Luana Piovani e Dado Dolabella, mas o descontrole emocional do rapaz. Ele, além desta acusação, já tem outras duas acusações ( uma contra velhinhos)de agressão. Não sei se lembram, mas teve aquele famoso barraco com o joão gordo no seu talk show na MTV.

Luana disse que não sabia com quem iria se casar e que Dado precisa de tratamento psicologico para o ciúme que sente e para o descontrole emocional deste nivel.Somente assim ele poderia fazer uma mulher feliz.Mas que com ela não tem volta.

De acordo Luana, felizmente vc percebeu isso antes de um comprometimento tão importante como o matrimônio. A pesar da opção da separação sempre existir, se vc quer se casar com alguem é porque quer passar o resto da via com ela, certo? Isso significa muita coisa.Imagina se casar sem saber a real face da outra pessoa?

O fato é que muitas descobrem apenas depois de casar.E a coragem pra se separar?pra denunciar? Pra se reerguer , depois de construir uma vida inteira ao lado desse... estranho? E por isso que de acordo com DATASENADO 2007,em cada 100 mulheres brasileiras 15 vivem ou já viveram algum tipo de violência doméstica e apenas 40% das mulheres denunciam o agressor.

De acordo com as mulheres que sofreram agressões, os maridos e companheiros foram os responsáveis por 87% dos casos de violência doméstica. Em relação ao tipo de violência sofrida, 59% apontaram a violência física, 11% sofreram violência psicológica e 17% já vivenciaram todos os tipos de violência.**

Apontados como os motivos principais da violência são o uso do álcool (45%) e o ciúme dos maridos (23%).

Pois é Luana, tirando as fofocas o sensacionalismo e a hipocrisia dos tabloides desse país, desse reboliço todo que vi nosso seu caso, tentei ver algo de bom. E vi: Voce evitou um mal maior a si e não fez parte dessa estatística cruele quem sabe muitas não tomaram a coragem de fazer o que sua camareira fez?E de fazer mais como voce que depôs a favor dela? O que eu posso dizer? Parabens! e para os tabloides menos fofoca e mais preocupação social.

É ótimo vender jornal com noticias futeis, de fácil entendimento e que não exigem muita pesquisa,nem atenção por parte do "jornalista", mas a vida dos outros não é brincadeira tentem usar as fofocas pra fazer algo mais responsável que vai vender do mesmo jeito.

Veja bem, escrevi esse texto em cerca de 1 hora - isso por que parei pra conversar pelo MSN, ver tv e falar ao telefone- e com certeza o conteúdo está melhor do que muitas matérias que li falando sobre o caso Dolabella - Piovani.Como esperar a mudança de uma sociedade quando apenas se ve a reprodução de um modelo mercantil que apenas favorece a reprodução da desigualdade? A formação de uma massa ignorante a alienada?

Cada um tem sua dose de resposabilidade.

Cada um com a sua verdade

Cada um com as suas dores.

*Lei nº 11.340, de 2006, conhecida como Lei Maria da Penha, que tipifica os crimes cometidos contra a mulher no ambiente doméstico e familiar.
**A Lei Maria da Penha qualifica cinco tipos de violência doméstica: a física, a moral, a psicológica, a patrimonial e a sexual.

fontes: portal da violência contra mulher
e imagem: Campanha United Colors da Benetton de Oliviero Toscani

Saturday, November 1, 2008

"Verás que um filho teu não foge à luta"




Um pouco de política.

Democracia? Afinal que raios é isso?
Do grego:demokratía
significa: sistema político fundamentado no princípio de que a autoridade emana do povo (conjunto de cidadãos) e é exercida por ele ao investir o poder soberano através de eleições periódicas livres, e no princípio da distribuição equitativa do poder;
país em que existe um governo democrático;
governo da maioria;
sociedade que garante a liberdade de associação e de expressão e na qual não existem distinções ou privilégios de classe hereditários ou arbitrários.

fonte:Priberam, dicionário on line de etimologia

Por isso , 3 mil jovens( eu, entre eles) foram a cinelandia- centro do Rio de janeiro- para uma passeata até o TRE( tribunal regional eleitoral) exigindo a averiguação de irregulaidades que ocorreram no processo eleitoral e na campanha do candidato Eduardo Paes, que (infelizmente) saiu vitorioso nestas eleições.
Os seguintes abusos foram denunciados:
1. Candidatura registrada fora do prazo de desincompatiblização
2. 50 milhões de reais de despesa de campanha - A mais cara da história( mais do que a do Presidente da república)de onde saiu isso tudo?
3. Uso político das UPAs e restaurantes populares( são orgãos publicos não podem ser usados para fins eleitoreiros)
4. Corrupção eleitoral, coação de leitores na Rocinha, ZN (região da PAvuna) e ZO
5. Boca de urna por vereadores eleitos da coligação oposta
6. Campanha difamatória contra Gabeira ( distribuição de panfletos difamatórios)

O candidatos em questao, ainda é acusado de ligação com as milicias da Zona Oeste da cidade e de usar o telão do maracanã para fazer campanha durante um jogo do flamengo ( a Suderj, orgão responsável pelo maracanã e o qual ele presidiu por 4 anos, estão sob investigação).

O governador do estado, Sergio Cabral, que pertence ao mesmo partido político do "novo prefeito", adiantou o feriado do dia dos funcionário públicos de terça para segunda feira, dia seguinte ao domingo das eleições. Há algo estranho no ar...

Resultado 27% de abstinências destes, 7 de brancos e nulos cerca de 20% da população no foi às urna votar. Sendo que 25% dos 20% faltosos eram eleitores residentes da Zona sul,local onde Gabeira levava uma estrondosa vantagem em cima de Eduardo Paes e onde residem grande numero de funcionários públicos. Quanto a isso, é com grande pesar que eu digo que, infelizmente preferiram viajar à exercer sua cidadania, quanto a eles não posso fazer nada a não ser reafirmar sua de falta de consciência política.

Por isso fomos andando até o TRE pedir por justiça, pedir pela democracia dessa cidade que não mereçe passar mais 4 anos de golpes, mais 4 anos de corrupção e mais 4 anos esperando por algo melhor.
E por que isso significa uma luta pela democracia? Por que é uma luta contra uma campanha suja, difamatória e ilegal que induziu milhares de pessoas ao erro e ainda por cima contra uma manobra que tirou milhares de votantes ( 27% quase 1 milhão de votos) das urnas. Venceu a corrupção.
Mas eu não em dou por vencida e nem me conformo, quero e desejo que se faça justiça!TRE faça o seu trabalho!

Acorda Brasil!

Até quando você vai levando?
(Porrada! Porrada!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando?
(Porrada! Porrada!)
Até quando vai ser saco de pancada?
(Até quando, Gabirel o pensador)

Monday, October 27, 2008

Lésbicas masculinizadas sofrem o mesmo preconceito que gays afeminados?

Okay, sorry ja toquei nesse assunto uma vez, mas como ele me incomoda e como o texto é ÓTIMO e resume bem o que eu penso. Post it again!



Todos sabemos que o preconceito é algo doloroso, afinal, ainda convivemos em uma sociedade homofóbica. Porém, o fato de sermos discriminados não nos livra de discriminar um terceiro. Discriminação essa que muitas vezes é diminuída ou passa despercebida por acharmos que a violência e a ignorânica só vêm de quem é diferente. Pior do que sofrer preconceito de pessoas de fora da comunidade gay, é sofrer dentro dela....

No meio gay masculino podemos observar que existe uma resistência de aceitação aos chamados "afeminados". Mas e sobre meninas, elas sofrem o mesmo preconceito, mas de forma inversa? Pensando nisso, A Capa procurou algumas mulheres para falar sobre o tema.

Como em todo núcleo social, não diferente, o mundo dyke se divide em alguns grupos de convivência e de identidade, seja por gênero (mais masculina ou mais feminina), idade e classe social, estabelecido pelos próprios espaços de sociabilidade. A divisão por prática sexual (ativa, passiva ou relativa) ainda é presente em alguns segmentos. Segundo a antropóloga e pesquisadora na área de gênero e sexualidade Regina Facchini, 38, "no meio feminino, a questão de ser mais masculina ou mais feminina traça uma diferença fundamental. Há muita rejeição às 'masculinas' e 'ativas' em quase todas as idades e estratos sociais. Há também muita rejeição a casais formados por duas 'masculinas'".

Durante muito tempo, a sociedade tentou justificar a aparência masculina no mundo lésbico dizendo ser uma reprodução da heterossexualidade, onde o desejo por outras mulheres era explicitado assim, ou porque procuravam adquirir respeito dentro de uma sociedade machista. Por isso, no início dos anos 90, as novas parcerias entre femininas e femininas tornaram-se mais valorizadas, reafirmando o que já tinha sido defendido por ativistas glbts nos anos 70: uma mulher homossexual não precisava parecer com um homem para conseguir seu espaço.

Esse tipo de argumento ainda é muito presente no meio gay e você pode encontrá-lo de várias formas, intrínsecas em qualquer ambiente destinado às lésbicas, que se identificam de maneira diferente uma da outra. Este assunto tornou-se um tabu que vai além da sexualidade, ultrapassando os limites das discussões de sexo e de gênero. Um exemplo disso é a opinião da atriz Juliana Santos, de 23 anos: "Esse tipo de menina eu nunca fico, porque perde a feminilidade. Eu gosto das roupas e do jeito feminino, independente de ser bolacha. Odeio menina com roupa de menino e cabelo curto. Eu quero olhar pra minha namorada e ver uma mulher, independente do que ela seja ou goste."

Em contra-ponto, a guitarrista da banda The Dealers Marianne Crestani, 27 anos diz se identificar como "masculina" e gosta que a namorada também seja: "Eu sou casada e minha namorada também é bofe e é ótimo. Não rola aquele lance de desempenhar papéis. Nos outros relacionamentos que tive com meninas femininas me sentia na obrigação de ser o homem, o que era chatíssimo!"

"Acho que nossa sociedade preza demais o sexo biológico e espera que ele molde o comportamento, o jeito de se vestir e o modo de amar das pessoas. Muitas garotas de aparência masculina estão simplesmente mostrando sua identificação com atributos masculinos", diz Regina. "Isso não quer dizer que queiram ser homens ou que serão tão violentas quanto um homem machista pode ser em relação a sua companheira. O preconceito não leva em conta que é possível ser mulher e se identificar com a masculinidade. E que masculinidade pode ter vários sentidos para diferentes pessoas", completa.

Se identificar como masculina, ou não, passa do conceito cultural para o da identidade de gênero. É certo criticar ou excluir pelo jeito com o qual alguém se sente a vontade e livre? Se sentimos na pele como é ser discriminado, não vale a pena passar para frente o preconceito por outras vias. Da mesma forma que existem negros racistas, mulheres machistas e gays que não gostam de lésbicas, o homossexual homofóbico é uma (triste) realidade que devemos encarar de maneira mais política e menos caricaturizado. Desde quando se precisa de saia para ser mulher ou cabelo curto para ser homem? Não há limites para a busca da sua própria identidade. O importante, na verdade, é que as pessoas aprendam a respeitar todas as formas de amor, desejo e sexualidade, independente de concordarem ou não, pois falar em homossexualidade, assim como falar em heterossexualidade, não é falar em semelhanças, mas em diversidade. E a diversidade existe sim dentro da diversidade.

Saturday, October 25, 2008

Flor da neve e o leque secreto


Na verdade outra dica de leitura como já feito pro Elis.

Flor de neve e o Leque secreto por Lisa See


Um idioma mantido em segredo durante milhares de anos é o pano de fundo deste romance inesquecível sobre duas chinesas cujas vidas são marcadas pela amizade e pelo amor que as unem.

Esta história apaixonante e comovente se passa na China do século XIX, quando as mulheres tinham que se submeter à antiga tradição de bandagem dos pés para reduzir-lhes o tamanho e torná-las melhores partidos. Durante esse dolorido processo de embelezamento, que durava cerca de dois anos e, em algumas regiões, era iniciado quando as jovens tinham apenas seis anos de idade, eram obrigadas a viver em reclusão. O tamanho dos pés iria determinar o valor da mulher como esposa. Os pés pequenos seriam oferecidos aos futuros sogros como prova da disciplina e da capacidade para suportar a dor do parto, além de todos os outros infortúnios que poderiam aguardá-la.

Iletradas e isoladas do mundo, não era apropriado que pensassem, tivessem vontade própria ou demonstrassem emoções. No entanto, algumas mulheres falavam uma língua secreta entre si, conhecida como nu shu; a única escrita utilizada exclusivamente por mulheres que se tem notícia na história. Elas pintavam os caracteres nu shu em leques, bordavam-nos em lenços, e usavam a "escrita feminina" para compor canções e escrever histórias, saindo assim do isolamento para compartilharem seus sonhos e realizações.

Algumas jovens, consideradas especiais, eram unidas em pares numa aliança conhecida como laotong, algo tão importante quanto um bom casamento, mas realizado por escolha, tendo como objetivo o companheirismo emocional e a fidelidade eterna.

Em Flor da Neve e o leque secreto, somos levados por Lírio em uma viagem ao seu passado, o relacionamento com sua "velha igual" - como as laotong costumam ser chamadas -, os casamentos arranjados e as alegrias e agruras da maternidade. Até que um terrível mal-entendido escrito no leque secreto usado por elas ameaça separá-las. Com um detalhamento histórico e uma densidade emocional impressionantes, Lisa See aborda um dos mais misteriosos relacionamentos: a amizade feminina.

Fiquei encantada com a historia das meninas, li em 1 dia. e reli novamente. Emocionante, viciante, uma beleza e densidade emocional que chorei em diversas partes do livro. Dei este livro pra "patroa" ano passado ela gostou tanto que também leu, recomendou pra diversas amigas e todas sem excessão se apaixonaram pela história.
Comentar mais seria inútil e desnecessário. Apenas leiam.

Tuesday, October 21, 2008

Visual que agride, casal equilibrado(?)


Bom, lá vou eu contanto histórias...
Certa vez estava no msn com uma amiga sobre como, às vezes, nos casais, os namorados ficam parecidos, até mesmo fisicamente, um com o outro.
Papo vai, papo vem...e eu resolvi procurar fotos de casais,aleatoriamente. Depois refinei a pesquisa para casais homossexuais e depois finalmente lesbicos.Deparei-me com essa foto ai. Achei o casal tãooooooo fofo. Mandei pra guria ver.
- Nossa, elas são parecidas. Mas não gostei do casal.Elas juntas são muito...são duas bofes juntas. Casal meio desquilibrado...
- Ué, mas vc não concordou que ás vezes os namorados ficam até fisicamente parecidos? Além do mais, que tem duas bofes juntas?
-Concordei, mas achei tao estranho elas duas...Prefiro casal composto por 1 menina mais mocinha e 1 mais machinho ou então as duas meio termo.
- Humm. Achei elas fofas...E isso que vc acabou de falar é realmente o mais comum. De fato não conheço nenhum casal com duas meninas mais masculinas.Também não conheço casal de “pintosas”.E sinceramente gostaria de entender o porquê...Nem Freud explica.Mas adorei ver o casal e saber que embora raros, bofes que amam bofes existam.
- Eu acho que o masculino tende a atrair o feminino, por simples adequação aos papeis sociais já existentes.
-Pode ser...eu particularmente adoro quebrar estereótipos.Adorei ver esse casal.
-o visual agride.
-Agride?
-É. As duas já devem sofrer preconceito por serem gays e sendo bofese ainda mais um casal de bofe...o visual agride mais do que se fosse um casal mais equilibrado...
- Ham entendo, mas acho que o visual agride só por serem duas meninas trocando afeto.
O papo continuou...Mas transcrevi a parte que interessa.Realmente não vejo casais assim com frequencia. Queria entender o proquê..Existe um preconceito entre os grupos (bofes, pintosas, ladys, ursos...) quem impede essa aproximação?creio que em parte sim.Existe preconceito da cultura heteronormativa que tendem a “encxergar” melhor um casal composto por um lado feminino e outro masculino? Também...mas acho que só isso não explica.
Com relação a aparência de casal...é..a “patroa” mudou bastante coisa em mim e eu nela. E estamos parecidas....

Wednesday, October 15, 2008

Parada do Orgulho Gay - Rio


Segundo PM, cerca de 500 mil estiveram presentes no evento.
No entanto, de acordo com organizadores, público chegou a 1,5 milhão.

Cerca de 500 mil pessoas estiveram presentes na 13ª Parada do Orgulho Gay, que tomou conta de Copacabana na Zona Sul do Rio segundo informações da Polícia Militar. No entanto, de acordo com os organizadores, o público chegou a 1,5 milhão.


O evento, que começou na tarde de domingo (12), terminou somente à noite. Cerca de 20 carros de som animaram a festa. O governador Sérgio Cabral e o ministro Carlos Minc, entre outros políticos e personalidades estiveram no evento.

Criminalização da homofobia

Aproveitando a reunião de gay, lésbicas e simpatizantes, o grupo Arco-Íris colocou postos de votação em alguns dos trios elétricos. Eles querem estimular os participantes a votar pela aprovação do Projeto de Lei 122/06, que tramita no Senado, e propõe a criminalização da homofobia

“Preconceito sempre tem. Acho que é natural do homem. Temos que ajudar a conscientizar. Tem espaço para todo mundo”, comenta o especialista em adereços de escola de samba, que se apresenta como “mulher melancia”, sem revelar o nome verdadeiro. “Vim de melancia, porque é o hit das paradas. Todo mundo gosta”.

A produção nos figurinos é uma atração característica deste tipo de evento. Fantasiada de Miss Tocantins, Ava Simões conta que é dentista e que todos os seus amigos e pacientes sabem da sua participação nas Paradas do Orgulho Gay.

“Não preciso esconder e nunca sofri preconceito. Essa é a segunda vez que venho. Acho importante uma festa deste tamanho para chamar a atenção do país todo”.

Walter Silva e Emili Sanches, que trabalham com vendas, contam que estão pela terceira vez na parada. “Queremos ser aceitos como pessoas comuns. Só posso usar este tipo de roupa nas Paradas. Tenho que esconder até de amigos e pessoas da família”, comenta Sanches.

Governador apóia manifestação

O governador Sérgio Cabral prestigiou o encontro. “Todo ano venho. É uma festa que já faz parte do calendário do Rio de Janeiro. Com todo respeito à Nova York, São Francisco e São Paulo não tem cenário mais lindo no mundo que a nossa praia de Copacabana para a Parada Gay”.

Cabral comentou os benefícios da Lei 5034/07, sancionada por ele em 2007 e que na época teve o apoio do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. “Tenho orgulho de dizer que o Rio é o primeiro estado do Brasil a reconhecer os direitos de parceiros do mesmo sexo”. Minc, que também participou da Parada Gay, acrescentou que 200 pessoas já foram beneficiadas pela Lei.

Para o ministro, a Parada Gay é uma manifestação da biodiversidade. “Assim como na ecologia, defendemos a diversidade para o equilíbrio ecológico, precisamos respeitar todas as formas de amor para ter uma sociedade completa e não careta.”

foto: acervo pessoal

Sunday, October 12, 2008

Que seja eterno...


Sabe aquele momento em que vc tem certeza de que encontrou a pessoa certa?...aquela do "para todo o sempre"?...pizeh eu achie! e depois resolvi "sacramentar':

Escolhi a aliança, guardei com cuidado. Queria q fosse natural e surpresa.

Bom, faziamos pre vestibular no mesmo curso e todas as quitas tomavamos café na lanchonete ao lado, antes de começar as aulas.E ela foi escolher o café e eu fui pegar meu costumeiro café preto com brioche. Sentei na mesa e não sabia se entregava quando ela chegasse ou depois, na hora de sair.

Já haviamos conversado sobre casar, mesmo durebas, casar pra mim é um comprometimento moral, físico espiritual e sentimental...mesmo em casas separadas.Casar definitivamente não é dividir o mesmo teto. isso é formalidade. Há quem diga que casar é assinar um papel. no meu caso, a lei nao favorece essa hipotese e a falta de grana impede o que é muito como em casais gays...casar significando dividir o mesmo teto. Mas por mim, teriamso nossa vida juntas, mesmo sem dividir o mesmo teto. Alias existem variso casais felizes e com uam loga vida juntos, sem dividir o mesmo teto....
Ela disse que se não fosse a grana, ou a falta dela, toparia, pra viver juntas e tudo mais.

Então ela chegou, sentou e começou a falar( nossa como fala de manha..rs) não consegui prestar a menor atenção no que ela dizia..estava na batalha interior "entregar ou não entregar? eis a questao"....
Aproveitei que ela deixou um guardanapo cair e baixou pra pegar, rapidamente tirei as alianças da bolsa e coloquei sobre a mesa bem à frente dela.
Ela olhou e perguntou - O que e isso?
Eu( roxa de vergonha)- Vc disse que se casaria comigo, se não fosse a grana, pq quer que morermos juntas e aturando uma a outra ate nossas pelancas cairem. Então...eu entendo casamento como compromentimento moral, espiritual, físico e emocional, nao precisamos morar no mesmo teto pra nos sentirmos assim. Quer casar comigo?

ela( surpresa e feliz)- MUITO!

Trocamos alianças tomamos café,beijinhos abracinhos...e 4 anos estamos e nos sentimos casadas....

e ainda duras.

O resto agente batalha e o futuro é promissor.