Lendo o post da Cogumela, que é uma resposta ao da Petitte, resolvi postar minha história aqui também.
Tarde vazia, no começo de 2006. Eu jogando truco on line no bananagames. Joguei com uma certa garota... conversávamos aleatoreidades enquanto jogávamos... Achei a garota muito legal. De repente ela revelou ser lésbica, em resposta à provocação dos adversários. Passou, o episódio, mas eu fiquei pensando naquilo a noite toda. Tudo o que eu sabia sobre ela era o nome, a idade, e o estado. Procurei no orkut, no dia seguinte, e haviam 648 pessoas, exatamente, de mesmo nome e idade, do sexo feminino. E eu a encontrei entre tantas. Nos adicionamos no msn, ela tinha namorada, eu tinha namorado, morávamos em estados diferentes. Começou uma amizade muito legal, e gradativamente um certo interesse, e de repente estávamos totalmente envolvidas. Terminamos nossos respectivos relacionamentos, e ela foi me ver. Tudo eram flores. Foi perfeito conhecê-la pessoalmente, nós ultrapassamos as espectativas que tínhamos uma sobre a outra. Então começou uma nova fase em nosso relacionamento, porque minha mãe percebeu, me pressionou e eu confirmei. Vivemos então 10 meses de ameaças, pressão, terror, medo constante, términos forçados pela minha mãe e, pra dificultar ainda mais, a distância. Acho que sobrevivemos tão bem à distância justamente porque ela não era nosso maior obstáculo, mas sim minha mãe. Então eu passei no vestibular aqui, e vim morar aqui. Com ela. Finalmente pudemos ficar juntas. Nosso relacionamento era o modelo para nossos amigos. Nós nos divertíamos, nos amávamos, dávamos certo, nos apoiávamos. Era pra mim e para todos que nos conheciam, o relacionamento perfeito, eu a amava e continuava apaixonada por ela. Um dia cheguei a nossa casa, e havia outra pessoa lá. Ela terminou comigo, dizendo que havia me traído, e que queria ficar sozinha. Mas não ficou sozinha, ficou com a outra pessoa, e eu, fiquei ( e estou) sozinha. Não importa, foram 2 anos e 4 meses de um namoro que foi perfeito do primeiro até o último dia. Só não digo que valeu a pena, pela forma que acabou: não fosse o fim trágico, humilhante, eu poderia dizer que faria tudo denovo. O que eu quis dizer aqui, é que basta ser muito bom, e terminar sem deixar mágoa, não precisa ser pra sempre, pra valer a pena.
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