Thursday, August 28, 2008

Sabine

Bom... só tive 1 namorado, q nem considero pq só tinha 13 anos e foi um namoro bem "bobinho", fiquei com uns 3 ou 4 meninos depois disso e como nunca sentia nada demais qnd estava com eles (aliás, eu ñ sentia nada mesmo, o q acabou me fazendo parar d ficar com garotos, o q considero bom por ñ te precisado transar com nenhum pra me "descobrir") foi bem fácil me entender como lésbica e me aceitar. Meu pai morreu qnd tinha 17 anos, mas como passava mais tempo com ele do q com minha mãe, ele sabia, afinal ñ é qlqr pai q vê uma mulher bonita na rua e "cutuca" a filha pra apreciar a visão tb...rsrs...Bom, contei pros meus amigos, alguns choraram, até hj ñ entendi pq, mas de resto foi bem tranquilo. Agora vinha a hora de falar p minha mãe, só q ela resolveu perguntar 1º!! E nem foi pra mim, perguntou à uma amiga. A Sabine é gay?? ao q minha amiga respondeu: Se for, tem algum problema??...O silêncio da minha mãe foi ensurdecedor...e o pior eu ouvi tudo d onde estava...veio na minha cabeça: De onde ela tirou essa desconfiança??!! Afinal eu nunca saía com garotos, muito menos falava deles, vivia em baladas e parava tudo o q estava fazendo p assistir Bad Girls e Queer as Folks...bem, isso respondeu minha dúvida...rsrsrs...Nem fiquei em casa naquele dia, qnd cheguei d madrugada ela acordou e me abordou no banheiro no exato momento em q escovava os dentes. Disse: O q a Dri falou, é verdade? E eu comecei a achar a escovação dos dentes uma tarefa incrivelmente fascinante (as coisa q fazemos qnd estamos numa situação desconfortável...rsrs), me fiz de desentendida e a ignorei, ela insistiu dizendo q sabia q eu tinha ouvido a conversa delas 2 de manhã...tomei coragem e disse q era sim e peruntei pq ela queria saber e ela disse: Vc é feliz??, respondi q sim, ao q ela respondeu: Ok então, durma bem filha, mamãe te ama!!...Fui dormir me sentindo a "sapinha" mais feliz do mundo...Aí foi tudo lindo, ela conheceu as namoradas q tive depois disso, ela dormiam lá em casa, tudo bem "famíla" unida...
...Até q meus parentes descobriram (crédito q eu reservo à rede Globo de Televisão, me viram pela tv na parada gay de "Copa" em 2002...aff), então veio o "Inferno de Dante" por 1 ano. Diziam q minha mãe ñ tinha q aceitar isso, q era absurdo, q se meu pai estivesse vivo isso ñ teria acontecido (mal sabiam eles q ele morreu sabendo) e todo aquele blá, blá, blá...minha mãe começou a me rejeitar, nós brigávamos o tempo todo, ficava controlando meus horários (coisa q p mim era absurdo, pq eu já ñ tinha hora p chegar em casa desde os 14 anos), meu namoro foi por água à baixo por causa disso tudo...Depois d tanta "encheção de saco" dos meus parentes, eu "explodi" numa festa de família (crédito q eu reservo às cubas libres q tomei), disse q eles ñ pagavam minhas contas, q minha mãe estava melhor q eles pq pelo menos eu era uma boa filha e ñ saía por aí transando com todo mundo, pegando doenças e engravidando como minhas primas, q eu ñ era viciada como o meu primo etc...disse p minha mãe q ela estava sendo hipócrita, pq ela vinha aceitando numa boa até descobrirem, enfim, mandei todo mundo p casa do caralho e parei de falar com eles por 2 anos...minha mãe me pediu desculpas e acabou entrando na "onda" junto comigo, aí foi tudo melhorando de novo...Meus parentes agora ñ falam mais nada, minha namorada é sempre bem vinda na casa deles, nós conversamos abertamente etc. Agora converso numa boa com minha mãe sobre meu relacionamento (coisa q antes eu ñ fazia, apesar de ela aceitar). Aprendi 4 coisas com isso tudo, 1º: Nossos progenitores ñ tem obrigação de aceitar, mas sim d respeitar. 2º: Se eles respeitam a aceitação vem com o tempo. 3º: Se vc se impor as pessoas irão te respeitar com indivíduo. E 4º: Nunca leve sua mãe p uma boate gay, pq senão vc ñ fica "à vontade"...rsrs
...Esperar q todos aceitem numa boa é meio ilusório, tem sempre 1 q se opõe, mas isso ñ pode fazer vc se "anular" e abaixar a cabeça...nunca tive vergonha de mim, pelo contrário me orgulho d ter passado por isso de cabeça ergida o tempo todo (crédito q reservo ao meu nariz arrebitado...rsrs)...mas, sério importante não é discutir, nem tenho q porvar nada pra ninguém, basta ser uma pessoa conciente e honesta comsigo mesma, se fizer isso as outras pessoas vão notar q gosto ñ é falha de caráter. Pq ninguém escolhe gostar mais de filé do q d salmão, isso é uma coisa q é implícita em nós, assim como nossa orientação sexual (odeio a palavra "opção", leva à interpretações dúbias)...Então, p aquelas q ainda ñ saíram do armário: Tenham coragem!! Qnt mais de nós assumirem, mais fácil será pra nos colocarmos na sociedade como pessoas simplesmente, e não um grupo dsitinto...A visibilidade é fundamental pra sermos respeitados e amados!


Um bjo e força à todas

Wednesday, August 20, 2008

Morenna

Bom nunca fui diferente quando criança, sempre brinquei com as meninas, de Barbie, essas paradas.
Quando eu tava no 2º grau fiquei um tempão com uma amiga, minha mãe descobriu e quase me matou, fiquei anos sem falar com a minha amiga, hoje nos falamos e nem rola mais nada.

Aí um belo dia, eu resolvi que ia me dedicar mais a uma comunidade aqui do Orkut que fala de uma série que eu amo. Resolvi também que ia ser responsável pelas legendas dessa série aqui no Brasil, coloquei anúncio e montei uma equipe de tradução, aí conheci uma menina fofa demais, mas muito marrenta, toda semana competíamos para ver quem traduzia mais linhas de diálogos.

Nos falávamos pouco, mas com o passar do tempo fomos nos falando td dia via MSN, webcam, telefone até que eu dia decidi pegar um avião lá do Rio e vir aqui para SP conhecer não só a menina que eu tava gostando, como outras meninas que curtem o mesmo seriado que eu. Foi impressionante mas foi amor à priemeira vista, frio na barriga, tremedeira, nervoso.

Fazia tempo que eu num me sentia assim, desde que tinha largado do meu noivo.
Sempre arrumava uma desculpa para voltar aqui na cidade dela e vinha praticamente todo mê, já tava impossível morar longe. Ela decidiu que eu ia ter que vir morar aqui com ela. Detalhe, eu com 28 anos e ela com 20. Ela me arrumou o emprego, e eu vim. Nesse meio tempo, meu irmão (maldito!) achou algumas fotos nossas e pssou a odiar a menina, não falava direito comigo e tanto fez que acabou contando para a minha mãe. Quando voltei para visitá-los no Rio foi uma confusão, uma briga enorme, minha mãe chorando, um verdadeiro stress...
Da última vez que passei alguns dias por lá, briguei feio com o meu irmão ele el falou tudo, gritou para todo mundo ouvir, me xingou de sapatão para baixo, disse que eu era a vergonha da família que eu tava deixando minha mãe doente. Minha tia e minha afilhadinha de 10 anos ouviram tudo e se não sabiam ainda, ficaram sabendo.

Bom, é isso, fui meio que tirada do armário, sou bi, amo muito a minh anamorada, larguei tudo o que eu tinha no Rio, me muei para o interiro de SP por causa dela, e faria tudo de novo se fosse preciso, em breve ela termina a faculdade e disse que vai morr comigo, conto os dias que nem criança para ela se formar logo (no final do an que vem) e ir morar comigo.

É mais ou menos isso...

Romilde

Fui uma criança muito sozinha, não tinha amigos. Eu tinha hábitos, preferências e comportamentos diferentes, mas como não tinha base comparativa, não sabia que era diferente. Eu me sentia atraída por meninas, e achava que isso fosse normal, que as outras meninas também sentissem isso. Desenvolvi minha personalidade pautada nas minhas próprias reflexões, vontades, ímpetos, livre da influência de outras crianças. Para mim, gostar de garotas era totalmente natural, por isso nunca tive problemas em me aceitar, e também por isso tampouco compreendo quando leio depoimentos onde as pessoas relatam seu grande sofrimento em se aceitar como homossexual. Acho que foi por volta dos dez, onze anos, quando começaram as paqueras e namoricos na sala de aula... Tive aquele insight e comecei a reparar que as meninas se interessavam pelos meninos, que os adultos casavam-se sempre com pessoas do sexo oposto, e que aquela amiga do meu pai que tinha cabelo curto e se vestia de homem já devia ter uns 40 anos e morava sozinha, nunca teve filhos nem namorados, apenas amigas. Um tempo depois comecei a namorar um rapaz, mas gostava da melhor amiga dele, e o namoro acabou assim que ela mudou-se para outra cidade. Aos quinze, apaixonei-me por uma garota, mas não nos envolvemos porque minha mãe enfrentava um divórcio muito duro e achei que não era o melhor momento. Aos dezesseis, conheci a moça com quem estou até hoje e retendo me casar. E por ela valeria a pena investir na relação e assumir para a minha mãe. Gente, eu achei que seria tranqüilo, pois ela é uma mulher jovem e sempre se mostrou moderna, cabeça aberta. Quando contei, ela entrou em depressão, ameaçou me matar, tentou suicídio, ameaçou processar minha namorada, cortou internet, telefone, dinheiro, liberdade, e até a minha privacidade. Dizia-me coisas horríveis, ameaçava muito, praguejava sempre, falava que eu jamais teria sucesso profissional, que as portas estariam sempre fechadas pra mim, que os homossexuais eram pessoas promíscuas, drogadas, vulgares, ignorantes e sozinhas.
Eu, como não tinha contato com nenhum gay e só conhecia aqueles escandalosos que a gente vê na rua, não achava aquilo um tremendo absurdo, apenas dizia a ela que eu não seria assim. Bem... Tudo mudou na minha vida quando eu passei no vestibular e saí de casa. Vim morar na cidade da minha namorada, o que só foi possível porque dois meses antes eu dissera à minha mãe que era mesmo fase, que tinha passado. Aqui pude perceber que os homossexuais que minha mãe desenhou um dia pra mim eram um estereótipo ridículo criado pelo preconceito da sociedade. Conheci pessoas maravilhosas, inteligentes, bem sucedidas, discretas, respeitadas, livres, e muito, muito felizes, e pude me compreender e me aceitar com tranqüilidade. Ainda assim, não sou totalmente assumida pros outros. Não nego nem minto, porém mantenho a discrição em locais públicos, só baixo a guarda em lugares gays. Em casa, após um ano inteiro de guerra e inferno, já faz um outro ano que eu e minha mãe estamos muito bem... Ela simplesmente apagou aquela parte da nossa vida, e hoje finge que nada aconteceu. Antes de eu sair de casa, ela disse que se soubesse de mim com uma garota, não seria mais minha mãe. Por isso eu não toco mais no assunto, ela finge que não sabe, e estamos bem, vivendo uma mentira. Sinto-me muito triste em pensar que terei sempre que escolher com quem vou passar o natal, a páscoa, as férias, o ano novo e tudo mais, pois minha mãe nunca aceitará a minha namorada. Entretanto, tenho que respeitar isso. Minha mãe não me proíbe de namorar meninas, eu não imponho a ela meu relacionamento. Mesmo com isso, sou feliz. Tenho uma carreira sólida na faculdade, uma vida social ótima, a amorosa, nem se fala, me aceito plenamente e sou completamente satisfeita comigo mesma.

Monday, August 4, 2008

Lara

bom, minha história começou a muito tempo, desde a 5 série eu ja me sentia diferente das minhas amigas, eu amava futebol não gostava de me arrumar muito essas coisas, que toda menina pequena gosta de fazer.. então, mas não dava muito bola pra isso o tempo foi passando,5, 6 7 8 séria e eu levando.. mas quando chegeui no 1° colegial as coisas foram ficando mais dificeis pra mim, fui sentindo que esse sentimento estava crescendo..e no 1° col.mesmo foi a primeira vez que eu beijei uma menina aquilo foi demais pra mim a partir daquele momento eus enti que era isso que eu queria pra mim, mas mesmo assim continuei em silencio guardando pra mim mesma todos os meus sonhos e vontades, no 2° col. eu soube administar melhors as coisas fiquei com varios meninos só que aconteceram varios problemas na minha vida, com familia e tudo mais, e no quand eu estava no 3°col. estava viajando com o meu pai e um dia eu estava me sentindo muito mal, estava chorando por tudo. até que eu resolvi contar para ele, chorei muito antes de contar, mas a coragem veio e eu falei, e vocês não vao acreditar, ele me disse que ja desconfiava, pois eu fui muiito grudada com algumas amigas miinhas e ele já desconfiava, e me disse que isso não era normal, e que eu tinha o poder de mudar sabe? escolher homem em vez de mulher, mas isso ão é questão de querer e sim d sentir..mas sei que qualquer que seja minha escolha ele vai me apoiar, minha mãe não sabe, quer dizer, ninguém sabe além do meu pai..mas ele acha que um dia eu vou mudar sabe?! mas isso é bem dificil de acontecer..minhas amigas nem sonham com isso.. e nã sei o que fariam se soubessem pois, muitas tem namorados e veneram os homens e algumas tem até um certo preconceito com esse lance gay! mas eu sou assim, estou no primeiro ano de faculdade e tenho muito o que viver, viver a verdade que sinto e ser feliz..mas queria que vocês me desse alguns conselhos de como agir no começo de tudo isso..como contar para as pessoas sabe?! porque quero ser feliz, com mulheres.. obrigada desde já..

Débora

Eu sabia que tinha queda por meninas desde o começo da minha adolescência (lá pelos 12 ou 13 anos), mas por imaturidade e medo, me conformei em viver uma vidinha pseudo-hétero. Tive alguns namoricos com meninos, nada que fosse muuuito sério, e fui levando minha vida numa boa, na medida do possível. Em 2007, aos 18 anos, quando fazia cursinho pré-vestibular, fiquei pela 1ª vez com uma garota, por quem eu era muito apaixonada. Nós namoramos por alguns meses, mas tudo acabou agora, no final de junho. Até hoje eu não expus minha verdadeira sexualidade de forma explícita, embora alguns incidentes já tenham acontecido, como as vezes que minha mãe viu sem querer minhas conversas de internet com amigas entendidas e o flagrante que ela me deu quando eu estava assistindo The L Word no computador. Não me relaciono com homens há quase quatro anos e eu sei que minha mãe, no mínimo, suspeita que há algo diferente. Penso muito em contar a verdade aqui em casa, mesmo sabendo o que me espera, mas viver de mentiras é algo que me chateia demasiadamente.
Me desejem sorte, meninas!
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